Tumores Cerebrais | Informações
Astrocitoma, cirurgia e tratamento: como fazemos | Einstein e HC-FMUSP

O astrocitoma é um tumor cerebral que se origina dos astrócitos — células da glia responsáveis por dar suporte e nutrição aos neurônios. Pode surgir em qualquer parte do sistema nervoso central, mas é mais frequente nos hemisférios cerebrais. Afeta tanto crianças quanto adultos e apresenta diferentes graus de agressividade, variando de baixo grau (grau I e II) a alto grau (grau III e IV, sendo o grau IV o glioblastoma).
Os sintomas e o comportamento do tumor dependem do grau histológico, localização e velocidade de crescimento. Enquanto os astrocitomas de baixo grau podem evoluir lentamente e permitir tratamento mais conservador, os de alto grau exigem abordagem agressiva e multidisciplinar.
Em nossa equipe, com atuação no Hospital das Clínicas da USP e no Hospital Israelita Albert Einstein, oferecemos o melhor cuidado em todas as fases do tratamento do astrocitoma:
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🩺 O melhor diagnóstico
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🧠 A melhor cirurgia
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💊 A melhor quimioterapia
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☢ A melhor radioterapia
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🔄 O melhor seguimento
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❤️ O melhor cuidado contínuo
A seguir, detalhamos como conduzimos cada etapa, com base nas evidências mais recentes e no uso de tecnologia de ponta.
🩺 O melhor diagnóstico
O processo diagnóstico começa com escuta atenta da história clínica e exame neurológico minucioso. Os sintomas mais comuns incluem:
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Crises epilépticas, especialmente em tumores de baixo grau;
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Dor de cabeça persistente;
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Alterações de visão ou fala;
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Fraqueza ou dormência em braços e pernas;
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Alterações cognitivas ou comportamentais.
O exame de imagem de escolha para investigação é a ressonância magnética com contraste, que pode ser complementada por:
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RM funcional para mapear áreas críticas de linguagem e movimento;
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Tractografia para avaliar feixes nervosos;
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Espectroscopia por RM para estudar o metabolismo tumoral;
O diagnóstico definitivo é feito por biópsia ou ressecção cirúrgica, com análise histológica e testes moleculares (IDH, ATRX, TP53, MGMT), fundamentais para definir o prognóstico e guiar o tratamento.
🧠 A melhor cirurgia
A cirurgia é frequentemente a primeira etapa do tratamento e tem como objetivos:
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Obter amostra para diagnóstico preciso.
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Remover o máximo possível do tumor, preservando a função neurológica.
Recursos que utilizamos para aumentar a segurança e a eficácia:
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Neuronavegação para planejar e guiar o procedimento;
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Monitorização neurofisiológica intraoperatória;
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Cirurgia desperta (awake craniotomy) se necessário quando o tumor está próximo de áreas críticas;
Em astrocitomas de baixo grau, uma ressecção ampla pode resultar em longo período de estabilidade. Nos de alto grau, a remoção máxima segura melhora a sobrevida e a qualidade de vida.
💊 A melhor quimioterapia
A indicação de quimioterapia é feita por equipe de oncologia e depende do tipo e grau do astrocitoma:
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Temozolomida é amplamente usada em astrocitomas grau III e IV.
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O esquema PCV (procarbazina, lomustina, vincristina) pode ser indicado em casos específicos, especialmente quando há características moleculares favoráveis.
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Vorasidenib é uma medicação recentemente aprovada pela ANVISA para uso.
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Em astrocitomas de baixo grau, a quimioterapia pode ser indicada em situações de progressão ou após radioterapia.
O oncologista define a estratégia com base nas características do tumor, idade do paciente, estado funcional e marcadores moleculares.
☢ A melhor radioterapia
A radioterapia é indicada por radioterapeutas, e usualmente é feita em:
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Tumores de alto grau após cirurgia,
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Tumores de baixo grau com crescimento ou sintomas significativos,
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Casos de ressecção incompleta.
Técnicas modernas como IMRT e IGRT permitem tratar o tumor com máxima precisão e mínima exposição do tecido saudável. A dose e o momento de iniciar a radioterapia são definidos pelo radioterapeuta especializado, considerando idade, grau histológico e extensão da ressecção.
🔄 O melhor seguimento
O acompanhamento inclui:
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Ressonância magnética periódica (intervalos variando de 3 a 6 meses conforme o grau do tumor),
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Avaliações clínicas regulares,
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Reabilitação física, fonoaudiológica e cognitiva quando necessário.
O objetivo é detectar recidivas precocemente e oferecer tratamento imediato quando necessário.
❤️ O melhor cuidado
Tratar um astrocitoma vai muito além da técnica cirúrgica ou terapias complementares. Nosso compromisso é:
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Informar e orientar claramente o paciente e a família;
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Oferecer suporte emocional durante todo o processo;
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Trabalhar com equipe multidisciplinar para reabilitação;
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Incluir pacientes em protocolos de pesquisa clínica quando possível.
Unimos ciência, tecnologia e humanidade para proporcionar o melhor resultado possível, respeitando sempre a individualidade de cada paciente.